terça-feira, 27 de maio de 2008

Millenium

Esta é a odisséia humana.
Separada entre céu e inferno,
Meteoros e bênçãos.
Antagônica.
Anos profanos, cínicos.
Indecisos, por vezes, céticos.
Dubiamente aproveitados.
Uma época, uma era,
Uns séculos estranhos.
Seitas, crenças,
Doenças apocalípticas.
Conquistas, buscas,
Procuras eternas.
Filhos suicidas, filhos assassinos.
Filhos ilustres, filhos missionários.
Filhos...
O uso de um tal de livre arbítrio,
Uma tal de lei dos homens:
Insana, confusa,
Apenas textual.
Um filho usou morfina na veia,
Para fechar a carapuça.
O outro descobriu um antídoto,
Para sarar o músculo do peito.
Outros dois selaram uma jura
E dois mais, deram-se as mãos.
Uma filha caiu apedrejada
E uma outra, apontava o dedo sujo.
Um homem deformava a história
E outro engrandecia a raça.
Uma mulher morria ao dar à luz a um herói
E outra, prostituía seus capítulos.
Conspirações, exércitos foram montados,
Para defender pátrias e idéias.
Criaram o Armageddon e a bomba de Hiroshima,
Ampliaram até os desertos.
E os filhos ainda tremem diante do canhão...
Uma realidade dissonante.
Inventaram a globalização:
Tudo está (somente!) na idéia de todos;
Escreveram livros de auto-ajuda,
Para reformularem o paraíso;
Releram as palavras sagradas,
Talvez tenha fugido alguma coisa;
Lucraram com a fé dos filhos,
Criando um superstar para guiá-los;
Recorreram a gurus,
Para entender a bosta que deixaram acontecer.

Escute: London Calling - The Clash

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